O movimento tântrico – um conjunto de técnicas respiratórias, meditação e dietas específicas –foi o precursor do Yoga.
A definição do termo em Sânscrito – um idioma ancestral da Índia e do Nepal – tem como significado “união” e está relacionado com qualquer metodologia que está estritamente ligado a prática que tem como principal objetivo conduzir o estado de hiper consciência – samádhi.
O método mais tradicional de Yoga – o Hatha Yoga – surgiu entre os anos 801 e 1000 d.C. O seu criador é Goraksha Natha, um discípulo de Matsyendra Natha – santo e iogue de diferentes tradições budistas e hindus.
Esse método foi o que deu origem aos diferentes tipos de Yoga que existem nos dias atuais. O conjunto de técnicas respiratórias, meditação e dieta trabalharam em conjunto com os ássanas, gerando, assim, o Hatha Yoga.
Os seguidores de Goraksha Natha são encontrados na Índia, no estado de Maharashtra. Um de seus discípulos é popularmente conhecido – o Shiva. Ele é considerado um dos deuses do hinduísmo e se destacou no Hatha Yoga devido ao seu poder de causar grandes transformações físicas e mentais naqueles que eram praticantes da filosofia.
Na mitologia grega, existe o Olho de Shiva bem no centro de sua testa, simbolizando a inteligência e o fogo da destrutivo-renovação – ele também é conhecido como “o destruidor e regenerador da energia vital”.
Prána, a força vital, concentra-se ao longo do eixo da coluna. Esse fluxo de energia apresenta um polo positivo, conhecido como energia solar, e um polo negativo, chamado de energia lunar. A sua movimentação é dada de forma espiral, descendo por esse longo canal central energético.
Como principal objetivo, podemos citar o interrompimento das correntes de energia, concentrando-as no canal central do corpo, que se inicia no primeiro chakra com grande energia adormecida.
O Yoga é uma das grandes filosofias de vida que existem na Índia. O Hinduísmo e o Budismo são muito conhecidos, mas também existem outras, como a Charvaka e o Jainismo.
Aqueles que são seguidores e praticantes do Hinduísmo acreditam na reencarnação, assim como na predestinação. Eles confiam em guias espirituais e cultuam vários deuses, guiando-se por meio dos textos sagrados dos Vedas.
No Budismo, o principal objetivo é se libertar do sofrimento e encontrar a felicidade. Não há deuses e nem livros sagrados, qualquer pessoa – seja ela religiosa ou não – pode seguir a filosofia de vida do Budismo.
Charvaka era um sistema de crença indiana bastante popular antigamente, sendo uma escola de materialismo – onde acreditava-se que a matéria era a principal substância da natureza, e que todo o restante, incluindo os estados mentais e de consciência, são apenas produtos das interações materiais.
A percepção dessa filosofia de vida é baseada no realismo ingênuo – isto é, onde os sentidos são os fornecedores da consciência direta dos objetos –, empirismo – teoria que afirma que o conhecimento vem principalmente da experiência sensorial – e interferência condicional – dividida em dedução e indução, são as etapas do raciocínio.
No Jainismo, o qual surgiu junto com o Hinduísmo e o Budismo, acredita-se em karma e que o Universo é complexo e composto por outros seres vivos de diferentes tipos. Não acreditam em um deus, nem ser divino, apenas que o Universo é eterno. Seus praticantes enxergam o tempo como sendo cíclico e infinito e condenam atos de violência e agressão, seguindo apenas o comportamento da paz.
Atualmente, o Yoga está bastante associado a prática de exercícios físicos – devido à forte presença de diferentes posturas de força e de habilidade – e ao trabalho na consciência humana. Cada vez que nos tornamos mais conscientes, conseguimos aumentar a quantidade de energia vital. E, conforme aumentamos a quantidade de energia vital, nós nos tornamos mais conscientes.
O corpo mantém-se saudável e ágil, com as emoções em equilíbrio e a mente ativa. Os benefícios do Yoga levam seus praticantes a verdadeira meta da filosofia de vida: o autoconhecimento.